Por: Adriana Fernandes | 09 de agosto de 2025
Oi, meu bem! Hoje eu preciso compartilhar com vocês uma história que ainda me emociona quando lembro. É sobre a Eloá, uma menininha de Tubarão que conseguiu transformar a sala de casa dela numa verdadeira cidade em miniatura. E sabe o que mais me deixa feliz? Ver como a mãe dela, a Maiara, embarcou nessa aventura junto com a gente.
Vocês sabem como é, né? Às vezes a gente chega na casa de uma criança para o reforço escolar e encontra aquela resistência com os livros, aquela dificuldade que parece um muro gigante. Foi assim que conheci a Eloá. Ela olhava para as letras como se fossem um bicho de sete cabeças.
Quando Tudo Começou a Fazer Sentido
Eu sempre falo para as famílias: o segredo não está na apostila, está na vida da criança. Com a Eloá não foi diferente. Comecei perguntando sobre o caminho dela para a escola, sobre os lugares que ela mais gostava em Tubarão. E foi aí que os olhinhos dela começaram a brilhar!
“Tia, eu passo na ponte todo dia!”, ela me contou animada. Era isso! A ponte sobre o rio Tubarão virou nossa primeira palavra-desafio. PON-TE. Duas sílabas que ela via todos os dias, mas que agora tinham um significado especial.
A Maiara ficava ali do nosso lado, sorrindo, vendo a filha dela descobrir que podia sim decifrar aquelas letrinhas. Fomos mapeando a cidade da Eloá: a casa dela, a escola, a pracinha onde ela brincava. Cada lugar virou uma palavra nova para desvendar.
A Ideia que Mudou Tudo
Foi numa dessas tardes, sentadas na mesa de jantar da família, que a inspiração bateu. Olhei para a Eloá e perguntei: “E se a gente construísse nossa própria Tubarão bem aqui?”
Gente, o sorriso que ela abriu! E a Maiara já estava correndo atrás de caixas de papelão, papel colorido, tinta… A casa inteira se mobilizou para esse projeto.
Nossa Sala de Aula Virou um Canteiro de Obras
Coração, foi lindo de ver! A mesa da sala virou nosso canteiro de obras. A Eloá era a arquiteta-chefe, e eu e a Maiara éramos as ajudantes dela.
Começamos fazendo uma lista dos materiais – e olha que exercício de escrita maravilhoso foi esse! A Eloá escrevendo “TINTA”, “COLA”, “CAIXA”… Cada palavra tinha um propósito real.
Na matemática, ela contava quantas caixinhas precisava para fazer os prédios, media o tamanho das janelas. Tudo sem perceber que estava aprendendo!
E quando chegou a hora de fazer as placas para nossa cidade… Ai, meu Deus! “RIO TUBARÃO”, “CASA DA ELOÁ”, “ESCOLA”. Ela escreveu cada letrinha com tanto carinho, e depois ficava lendo em voz alta, orgulhosa do trabalho dela.
A Maiara me confessou depois: “Adriana, nunca vi minha filha tão interessada em ler e escrever. Ela está lendo tudo que vê pela frente!”
O Resultado que Ninguém Esperava
Sabe o que mais me emociona nessa história toda? Não foi só a maquete linda que ficou pronta. Foi ver a transformação da Eloá.
Aquela menina que chegava cabisbaixa para as aulas, que dizia “não consigo, tia”, virou uma leitora apaixonada! Ela criava historinhas com os bonequinhos que brincavam na Tubarão dela, lia as placas que ela mesma havia escrito, e o mais importante: perdeu o medo das palavras.
A Maiara ficava emocionada vendo a filha montar as sílabas para escrever o nome da ponte que elas atravessavam juntas todos os dias. “É como se ela tivesse descoberto que as letras fazem parte da vida dela”, ela me disse.
O Que Aprendi com Essa Experiência
Meu bem, essa história da Eloá me ensinou mais uma vez que cada criança tem seu jeito especial de aprender. Às vezes, a gente insiste numa apostila, numa cartilha, quando o que ela precisa mesmo é ver que o aprendizado faz parte do mundo dela.
O reforço escolar na casa da criança é isso: é entrar no universo dela, conhecer seus sonhos, seus medos, suas alegrias. É transformar a sala de casa num laboratório de descobertas.
E quando a família embarca junto, como a Maiara fez, o resultado é ainda mais incrível. A criança se sente amada, apoiada, e isso faz toda a diferença no aprendizado.
Se você tem uma criança em casa que está enfrentando dificuldades com a leitura e escrita, lembre-se: ela não é “difícil” ou “lerda”. Ela só precisa encontrar seu próprio caminho para o conhecimento. E às vezes, esse caminho passa pela mesa da sua sala, por algumas caixas de papelão e muito, muito amor.
Acreditem sempre: toda criança pode aprender. Só precisamos descobrir a chave certa para abrir essa porta. ❤️
